CACHOEIRA GRANDE - 17/03/2018




Assim como da última vez em que estivemos na localidade de Cachoeira Grande, em 2016, o tempo instável e com previsões promissoras acabou descambando para a chuva. No entanto, desta vez ela caiu mais branda e somente no começo da caminhada.

Iniciamos a caminhada às 9h, na vendinha do "seu" Álvaro, simpático morador que dá um apoio estratégico ao grupo - especialmente na proteção contra a chuva, que havia começado a cair ainda na estrada.

Por sorte, o grupo formado apenas por guerreiras não se intimidou diante da minha oferta de retornar para Niterói, sem ônus, por causa do tempo. Todas toparam andar mesmo nessas condições.

E esse esforço foi devidamente recompensado, já que as matas estavam mais viçosas com a rega extra, o movimento de visitantes era quase nulo e a cachoeira - onde chegamos em menos de uma hora de caminhada - estava mais bonita ainda por estar bem alimentada com a água das chuvas.

Novamente devido aos riscos desse caudal maior, não pudemos nos banhar no poço da queda d'água. Mas acabamos tomando um banho de corpo inteiro, involuntário, devido ao forte spray da cascata, assim como da outra vez, só de ficarmos alguns minutos apreciando-a de frente.

Por isso, permanecemos apenas o tempo necessário para tirar fotos, fazer os eventuais rituais em veneração àquele colosso da natureza e também brincar. Além de ouvir, emocionados, a biblioterapeuta Cristiana Seixas declamar em prosa e verso, a exaltação da força dos elementos, da união e da superação. Uma canja efusivamente comemorada pelo grupo.

No retorno, a poucos metros da cachoeira principal, levei o grupo até um poço bem mais protegido, amplo e propício para o banho de rio, onde todas se esbaldaram. Com toda a segurança, é claro, já que o risco de cabeça d'água era improvável, devido tanto à chuva fraca e contínua que caía, quanto pelo fato de a microbacia do Rio Cachoeira Grande não ser tão ampla, e também suas cabeceiras serem bem próximas.

Esta explicação serviu para igualmente responder a uma postagem na galeria de fotos da página do Facebook, onde uma pessoa criticava a realização deste passeio em dia chuvoso, em função de um suposto risco maior de cabeça d'água. Pela ausência de tréplica, é sinal de que talvez a mesma tenha entendido a mensagem.

De qualquer forma, complementei a resposta informando que, caso a pessoa não tivesse treinamento especializado em atividades como esta, talvez realmente fosse melhor considerar que o risco de cabeça d'água era iminente, como precaução. Algo como identificar todas as serpentes com padronagem de anéis corporais vermelhos e pretos como sendo corais verdadeiras e não eventualmente falsas-corais, em caso de dúvida.

Ficamos algo em torno de uma hora nos esbaldando naquele poço mais seguro e totalmente privativo. Inclusive este que vos escreve, que foi obrigado a entrar na água fria para procurar seu óculos, que haviam caído no leito pedregoso do rio no momento em que ia tirar uma foto de participantes. Por sorte o mesmo foi achado, ufa!

Às 11h partimos em direção ao Poço da Ponte, que fica uns 300 metros a jusante daquele que acabáramos de sair. Digo, ex-poço, já que a água era tanta que todas as pedras e depressões da calha principal do rio estavam submersas.

No entanto, ninguém quis cair mesmo nas piscinas mais calmas e seguras formadas nas margens.

Aproveitamos então para relaxar mais um pouco naquele outro belo lugar, além de fazer o exercício do silêncio. Nesse momento o sol ensaiou sair timidamente por detrás das nuvens. Mas agora era tarde...

Começamos o retorno pouco antes das 12h, levando menos de uma hora de volta ao Andarilho (a minivan do Ecoando).

Até a próxima trilha!

Abraços,

Cássio Garcez
Coordenador


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