ALTO MOURÃO - 23/04/2018

O dia estava limpo e a maior parte do tempo agradável, neste feriado de São Jorge.

Iniciamos a caminhada no Mirante de Itaipuaçu, às 8h30, depois da subida em van, o que economizou uma boa extensão em aclive.

Levamos uma hora deste mirante até o de Itacoatiara, o afloramento rochoso que marca o término do primeiro trecho deste roteiro - a trilha na mata mais calibrosa - e o início do segundo - a subida da rocha.

Desde o início, eu fui repassando ao grupo um pouco das ricas e variadas informações sobre o local, como sua formação geológica, pré-história, história, patrimônio socioambiental e curiosidades. Uma delas - o choque do Hércules da FAB em seu contraforte oeste, em 2001 - é talvez a mais impactante de todas.

Embora o movimento de visitantes na trilha só aumentasse, dificultando bastante este que é o momento mais delicado da caminhada, conseguimos contornar os engarrafamentos de gente. Isso porque, o uso da corda nos dava não apenas mais segurança, mas também maior agilidade na hora de vencer os obstáculos.

Chegamos ao cume às 11h em ponto, perfazendo duas horas e meia de subida. Ficamos durante algum tempo apreciando as vistas do quadrante sudoeste (aquele voltado para as lagoas de Itaipu e Piratininga, da Baía de Guanabara e das montanhas do Rio), para só então ir para o nordeste (voltado para a Praia de Itaipuaçu) - que parece ser a preferência de todos os que sobem essa elevação. Tanto que este lugar costuma lotar em dias como hoje. Felizmente, o clima era de respeito mútuo e de curtição.

As vistas estavam tão boas, que foi possível visualizar a Ilha de Cabo Frio, a dezenas de quilômetros de onde estávamos. Aproveitei para compartilhar informações sobre essa área, como zona de inflexão da costa, ponto de convergência das principais rotas de navegação para o sul em séculos anteriores, corsários e submarinos nazistas, além de outros dados superinteressantes.

Além de curtir as vistas e tomar um gostoso banho de sol outonal, também lanchamos neste camarote natural. Começamos a descida às 12h, levando aproximadamente duas horas até a Estrada Francisco da Cruz Nunes, desta vez sem a van.

Veja as fotos deste e de outros passeios do Ecoando, em: http://www.ecoando.eco.br/galeria-de-fotos/.

Abraços,

Cássio Garcez

Coordenador