TRAVESSIA DEBOSSAN-CASCATINHA - 31/03/2018 (adiada do dia 25/02)
O
cancelamento desta atividade em sua data original, em fevereiro, e seu
consequente adiamento para hoje, valeu muito à pena. Somente assim conseguimos
trocar um dia extremamente instável, garoento e de trajeto ainda mais
lamacento, por um passeio ensolarado, claro e bem melhor de se transitar.
Iniciamos a
travessia por volta das 10h, depois de deixarmos o Andarilho (a minivan do
Ecoando) estacionado com toda a segurança em quintal de pessoa próxima a uma de
nossas participantes. A simpatia e a generosidade daquela só veio a confirmar
os bons augúrios dessa atividade.
A área
urbana que se caracteriza pelo início desse percurso, ia gradativamente se transformando
em rural, mais erma e mais preservada, até desaparecer completamente numa
trilha que atravessa exuberante floresta. Ambas que perigam ser engolidas por um
projeto de construção de estrada de rodagem, que embora possa encurtar
distâncias e desafogar o trânsito cada vez mais pesado do Centro de Nova
Friburgo, impactaria para sempre esse refúgio de vida silvestre e a qualidade
de vida dos moradores dessa área.
Tal projeto
parece ser uma prioridade para a prefeitura, que já andou desapropriando terras
no meio do trajeto. Por isso, é urgente que mais gente conheça o local, tanto
para conferir sua importância e beleza, como para se posicionar a respeito da
pretensa obra.
O céu azul
do início do percurso contrastava com as quaresmeiras floridas, com as flores
amarelas do que me pareceu ser tarumãs e com o verde oliva ainda mais viçoso
das copas das árvores, bem hidratadas pelas chuvas esticadas do verão que se
despedira na semana anterior.
Paramos
para lanchar na propriedade abandonada que marca a virada da vertente para o
bairro Cascatinha, onde ainda existem caras estruturas de arvorismo se
deteriorando. No passado, também havia um lago neste lugar, hoje seco.
Estômago
cheio, continuamos a caminhar, desta vez para baixo. Da estradinha que
substituíra a trilha já na citada propriedade, víamos o pico do Chapéu de Bruxa
por entre as araucárias que são alguns dos principais atrativos do lugar.
Por volta
das 12h50, a estrada ficou mais larga e começaram a aparecer as primeiras
casas. No entanto, ainda havia um último trecho mais cênico e menos urbano pela
frente, num pasto que muito poucos frequentadores deste roteiro conhecem. E que
surpreende pelas vistas de praticamente todas as montanhas desse canto de
Friburgo.
Do alto do
morro mais proeminente de tal pasto, víamos de camarote o conjunto do Caledônia
e as pedras: da Babilônia, Chapéu da Bruxa, Von Veigl, Catarinas Mãe, Pai e
Filha, do Imperador e outras, além dos bairros da Cascatinha, do Cônego e da
Olaria.
Além dessa
identificação geográfica, também repassei ao grupo informações sobre as origens
do nome Caledônia, sobre os acidentes aéreos que aconteceram aí em décadas
passadas e também sobre a catástrofe das chuvas de 2011, entre outros dados,
como sobre a imigração suíça e alemã.
Em tempo, justamente
devido ao desvio pela direita do trajeto, terminaríamos a caminhada no Cônego,
numa espécie de propaganda enganosa quanto ao título do roteiro. O correto
deveria ser Travessia Cascatinha-Cônego! Foi mal aí, pessoal!
Depois de
tirarmos muitas fotos e ficar um bom tempo curtindo aqueles visuais amplos,
começamos a descida definitiva até a civilização. Não sem antes passar por umas
cabeças de gado, o que para algumas pessoas é sempre uma aventura.
Chegamos ao
ponto de ônibus do Cônego por volta das 14h30, depois de passarmos algum calor
nas pouco arborizadas ruas deste bairro.
O ônibus
veio rápido e vazio, assim como nossa baldeação para Debossan.
De volta à
casa de nossa anfitriã, agradecemos a ela por toda a simpatia e generosidade. Embarcamos
no Andarilho e pegamos uma estrada bem fluída até Niterói.
Veja as
fotos deste e de outros passeios do Ecoando, em: http://www.ecoando.eco.br/galeria-de-fotos/
Abraços,
Cássio
Garcez
Coordenador
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