CABEÇA DO DRAGÃO - 28/07/2018




O dia estava sob medida para um roteiro cênico como este: ensolarado, fresco e límpido.

Iniciamos a caminhada pouco depois das 9h30, no Abrigo Refúgio das Águas, do escalador Sérgio Tartari, o qual encontramos e ouvimos brevemente o episódio de seu renascimento - que aconteceu depois dele ter sido atingido por um raio durante uma escalada no Canadá, em 2016. Curiosamente à mesma época em que estávamos aqui, fazendo a mesma caminhada.

Chegamos aos pastos do Mascarin aproximadamente uma hora depois do início. Aproveitamos para lanchar num dos matacões espalhados por aquele amplo e cênico campo, além de curtir a beleza dos visuais dali.

Continuando a caminhada, levamos mais uma hora até o Vale dos Deuses, onde fizemos outra parada, desta vez para curtir o paisagismo que os guardas-parque vem implementando no local - como a expansão das áreas gramadas, instalação de bancos, brinquedos e de outros melhoramentos ecologicamente amigáveis. Quanta diferença desde a última vez em que estivemos aqui, em 2016!

Começamos a subida do Cabeça pouco depois das 12h, passando pelo movimentado camping. Levamos mais uma hora até o colo, onde paramos para apreciar as magníficas vistas das montanhas em 360 graus, especialmente o conjunto dos Três Picos.

O ataque final, ou seja, a subida da pedra propriamente dita, foi feita com tranquilidade, já que o vento era fraco - ao contrário da última vez em que estivemos lá, já que de tão forte, teve gente que desistiu de subir.

Os primeiros participantes a chegar ao cume, o fizeram às 13h45, junto com o guia montanhista Gustavo Iribarne. Eu e uma participante com problemas de preparo físico, chegamos 15 minutos depois.

Ficamos lá em cima nos regozijando no cume, exclusivamente, até às 14h20, quando só então começaram a aparecer outros participantes de um grupo que deveria ter umas 30 pessoas! Assim, tivemos 20 minutos da mais perfeita paz para curtir os lindos visuais daquele lugar mágico, além deste guia compartilhar informações interdisciplinares sobre o local - como geografia, geologia, história e curiosidades.

Mesmo com a chegada do outro grupo, o astral continuou bom, já que estes colegas de trilha eram bem tranquilos e ambientalmente educados. Ainda assim, era muita gente de uma só vez! Que bom que não chegaram outros grupos, caso contrário ficaria desagradável dividir um espaço de natureza com tantas pessoas.

Começamos a descida pouco antes das 15h, pausadamente. A participante sem preparo físico demonstrava estar excessivamente cansada, o que nos obrigou a diminuir ainda mais a passada. Tanto que eu já considerava certa a possibilidade de terminarmos a caminhada no escuro da noite.

Com a confirmação dessa minha suspeita, pela hora tardia que chegamos ao Mascarin e pelos sinais de esgotamento da participante, adotei um plano de contingência, com a concordância do grupo, já que a situação poderia sair do controle.

Explicada a estratégia adotada a todos, deixei Gustavo como guia substituto conduzindo o grupo e me adiantei para buscar o Andarilho (a minivan do Ecoando, que havia ficado estacionado na Pousada), de modo a resgatar os participantes na saída da trilha que vinha do Mascarin.

Levei menos de meia hora nessa faina de emergência, chegando no momento exato em que o grupo estava saindo da trilha na estradinha de terra mais próxima, sãos e salvos. Ufa, tudo resolvido!

Agora era relaxar, reabastecer numa pizzaria do povoado mais próximo e seguir viagem para Niterói.

Chegamos de volta à nossa cidade pouco antes das 22h, felizes com a rica experiência e com o desenlace positivo da situação de risco.

Nossos agradecimentos a todos os participantes do grupo por sua proatividade e colaboração. Em especial ao guia montanhista Gustavo Iribarne, por sua parceria.

Até a próxima trilha!

Cássio Garcez
Coordenador

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