TRAVESSIA THEODORO-MACAÉ DE CIMA - 14/07/2018




Iniciamos essa bela caminhada, há anos sumida da programação do Ecoando, às 7h30, no posto da Polícia Rodoviária Estadual de Theodoro. O dia estava ensolarado, porém bem fresco e com algumas nuvens.

Atravessamos a rodovia e caminhamos por ruas de um loteamento até entrarmos na trilha, que provavelmente é o que restou de um antigo caminho de imigrantes suíços, ainda hoje utilizado por moradores de Macaé de Cima.

O primeiro trecho da trilha, quase todo ele em aclive, é totalmente sombreado pela mata bem preservada da Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima e pelo Parque Estadual dos Três Picos, unidades de conservação sobrepostas na tarefa de proteger a biodiversidade, os serviços ambientais e os cenários naturais ali existentes.

Neste trecho, é possível visitar belas cachoeiras do rio Areias, que ainda desce para as vertentes do Rio Santo Antônio, que corta o centro urbano de Nova Friburgo. No entanto, é proibido o banho, já que essas águas são utilizadas para abastecimento humano.

Um pouco depois de alcançado o ponto mais alto da caminhada, a trilha se abre em um vale com pastos e muitas araucárias, permitindo a apreciação mais ampla das paisagens.

Algum tempo depois de passada a casa principal dessa propriedade, já na estradinha que leva direto a Macaé de Cima, levei o grupo para um contraforte onde havia um mirante, mas que agora estava um pouco fechado devido à vegetação. No entanto, mesmo assim valeu a esticada, pois este continuava sendo um lugar bom para apreciar a paisagem e lanchar. Dali conseguimos ver até o Pico da Caledônia, antes dele se esconder atrás das nuvens.

Continuando a descida, passamos por uma bela aleia de araucárias, onde falei um pouco sobre essa espécie contemporânea à era dos dinossauros. Um pouco mais adiante, já no final da descida, conseguimos visualizar os imponentes picos da Bicuda e do Faraó, verdadeiros guardiões da chegada a esta localidade.

Chegamos à capela de Macaé de Cima por volta das 13h, aproveitando para tirar muitas fotos. No entanto, como a fome estava forte e havia um promissor almoço nos aguardando, continuamos por mais alguns quilômetros até a Pousada Amantes da Natureza, nosso ponto final da travessia.

Enquanto aguardávamos a mesa ser posta pela Ana Ouverney, gerente da pousada e descendente de imigrantes suíços que ali se estabeleceram depois da fracassada tentativa de D. João VI em criar uma colônia helvética na Fazenda do Morro Queimado, atual cidade de Nova Friburgo, passeamos pelos bem cuidados jardins e pelas curvas do Rio Macaé.

Às 14h30, nossa mesa estava posta na sala de jantar da casa principal da pousada, com direito a lareira acesa por causa do frio que ia ficando mais forte à medida em que a tarde avançava. O prato principal foi uma das melhores trutas na manteiga com molho de alcaparras que alguns dos participantes já comeram na vida. Mas na realidade, todos os outros pratos também estavam impecáveis. Tanto que não sobrou quase nada para contar a história...

Terminado o lauto almoço, ainda tivemos tempo de dar uma descansada antes da chegada do transporte que nos levaria de volta ao ponto inicial. O que se mostrou bastante necessário, já que esse retorno não se mostrou tão tranquilo quanto eu imaginava.

Embarcamos na Galloper de 7 lugares às 15h30, mas parando alguns minutos novamente na Capela para um ecoandista visitar colega nossa que está montando uma pousada em seu sítio. Depois de 30 minutos, começamos o retorno para valer.

A estrada estava em péssimo estado, o que tornou a viagem talvez mais cansativa do que a própria caminhada. Isso porque os solavancos exigiam de nós bastante esforço para não sermos jogados uns contra os outros dentro do veículo. Além disso, o relaxamento pós-almoço e o estômago cheio não contribuíam para nossa tolerância em relação a essa dificuldade não prevista.

Enfim, depois de uma hora de exercício não programado, conseguimos chegar sãos e salvos ao Andarilho (a minivan do Ecoando), já anoitecendo. No conforto deste, pudemos nos recuperar a caminho de casa, em Niterói, onde chegamos por volta das 20h30, felizes por dia tão bem aproveitado.

Parabéns ao grupo pela resistência e paciência!

Abraços,

Cássio Garcez
Coordenador

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