ALTO DA MANGALARGA - 03/11/2018
Depois de
dias de tempo fechado e chuvoso, finalmente usufruíamos de um com sol e céu
azul!
Assim,
depois de buscar todos os participantes bem cedo em casa e de fazer a longa
viagem de Niterói até Vargem Grande, iniciamos a caminhada numa das ruas do
loteamento mais próximo ao Quilombo Cafundá Astrogilda, às 8h30 mais ou menos.
Subimos
pela trilha que vai seguindo o Rio da Divisa até o bar da Nilza, onde pegamos a
estradinha que leva até outras comunidades espalhadas por aquele setor do
Parque Estadual da Pedra Branca. Como a subida era bem íngreme e o grupo muito
heterogêneo, íamos bem devagar e parando toda hora.
Em
determinado momento, passou por nós um grupo de meninas liderado por uma moça,
que na realidade eram alunas e professora de uma escola de Vargem Grande que
estavam a caminho da casa de uma colega, no alto da serra. Dava gosto ver a
disposição dessa garotada!
Atingimos a
cumeeira pouco depois do meio-dia e do lanche que fizemos embaixo de uma
pitangueira. Felizmente a brisa do mar e a sombra da mata deram uma boa
atenuada no sol de quase verão.
A medida em
que caminhávamos, eu ia repassando informações sobre a história da criação do
Parque Estadual da Pedra Branca, as riquezas e problemas região, a colonização
daquele "sertão carioca" e também sobre o surgimento do Quilombo.
Embora para
um grupo composto por pessoas em diferentes condicionamentos físicos tivesse
sido uma vitória a chegada até a crista da serra, ainda havia pelo menos mais
uma hora de caminhada sobe e desce até o Alto da Mangalarga, que na realidade é
um contraforte do Pico da Independência, elevação irmã do ponto culminante do
Rio de Janeiro, o Pico da Pedra Branca.
Daí, foi
preciso um bocado de perseverança e resistência, já que nosso objetivo parecia
nunca chegar. Mas todos chegaram e muito bem!
Era 13h45,
quando alcançamos o mirante que caracteriza o Alto da Mangalarga, com seus
peculiares pinheiros, espécie invasora que foi trazida por moradores sabe-se lá
para quê. Ou seja, esse era um horário bastante apertado para a volta, mas
ainda suficientemente justo para que pudéssemos curtir com calma os belos
visuais, além de relaxar do estirão.
Lá de cima
víamos de camarote o Pico da Pedra Branca e outros morros integrantes do Parque
Estadual da Pedra Branca, como o Sacarrão e a Pedra do Quilombo. Por detrás do
ponto de sela onde se localiza a Casa Amarela (construção emblemática que
parece ligar quase todas as trilhas do Parque), víamos também o Pico da Tijuca,
a Serrilha do Papagaio e até a Pedra da Gávea.
Nos outros
quadrantes também visualizávamos a Restinga de Marambaia e sua ilha, a Baía de
Sepetiba e parte da Serra das Araras. Também era possível ver parte da Serra do
Mendanha, de Campo Grande e praticamente todo o Recreio dos Bandeirantes.
Começamos a
descida por volta das 15h15, depois de lanchar novamente. Ou melhor, descida
era modo de dizer, já que ainda precisávamos vencer o sobe e desce até
chegarmos ao declive maior, aquele que iria dar diretamente no Quilombo Cafundá
Astrogilda.
Como o
pessoal estava um pouco mais cansado, demoramos umas duas horas até o bar da
Nilza (17h20), onde paramos para reabastecer. Teve até gente batendo um pratão,
tamanha a fome que deu a caminhada!
Por já ser
tarde e não podermos demorar mais por causa do anoitecer próximo, prosseguimos
em direção aos carros, onde chegamos às 18h20, cansados mas satisfeitos com o
dia inteiro de caminhada, de trocas e de belezas naturais.
No conforto
do Andarilho (a minivan do Ecoando), deu até para ouvir o ronco de um participante
emborcado pelo cansaço!
Agradecimentos
ao grupo, pelo espírito de equipe, pela cooperação e pela resiliência.
Ano que vem
faremos uma caminhada próxima dali, mas ainda mais puxada e começando pelo Pau
da Fome, onde fica a sede do Parque: o Pico da Pedra Branca. Será entre julho e
setembro, o que dará tempo suficiente para quem quiser participar já ir se
preparando.
Abraços,
Cássio
Garcez
Coordenador
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