CIRCUITO PONTE DE PEDRA - 20/01/2019




Iniciamos esta caminhada no Parnit (Parque Natural Municipal de Niterói), pouco antes das 8h, aguardando um participante bastante atrasado. A ideia era começar ainda mais cedo, para justamente fugir dos horários mais quentes do dia e da muvuca.

No entanto, mesmo com o considerável atraso, conseguimos cumprir essas metas. Para tanto, escolhi levar o pessoal primeiro ao Mirante da Cidade, antigo Parque da Cidade, pela trilha dos Eucaliptos. E realmente havia bem pouca gente lá, não apenas pelo horário, mas também pelo fato do restaurante que servia brunch ter fechado já há algum tempo. Da última vez que estivemos lá nessa mesma época do ano passado, era tanta gente que chegava a dar desespero.

Aproveitamos para visitar com bastante calma as rampas de voo livre e curtir de camarote quase exclusivo as belas vistas, apesar de uma certa nebulosidade que encobria as paisagens mais distantes.

Descemos pela trilha reservada ao bicicross, justamente por estar interditada ao trânsito das magrelas. Algo que seria inviável se ela estivesse aberta.

Por essa trilha, que originalmente era destinada para caminhadas apenas, acessamos a estrada centenária que foi engolida pela mata junto com a belíssima ponte que dá nome ao roteiro.

Ainda naquele primeiro trecho, passamos por contenções gigantescas de concreto, construídas no meio da mata para compor o circuito das bicicletas montanheiras. Devem ter sido utilizadas toneladas de cimento para erigir aqueles monumentos a decisões equivocadas de gestores públicos, haja vista a impertinência não apenas dessas construções, mas do próprio incentivo à esta atividade extremamente erosiva ao solo de uma unidade de conservação de proteção integral.

Caso estes mesmos gestores (que nada têm a ver com o atual chefe do Parnit, Alex Faria) quisessem contemplar o justo direito dos mountain bikers em usufruir de um espaço próprio, que pensassem em construir um circuito numa área degradada e fora de um parque natural municipal. No entanto, como o estrago já está feito e o direito dos caminhantes em continuar usufruindo daquela trilha foi vilipendiado, pouco há o que fazer a não ser lamentar.

Voltando ao relato da caminhada, uma vez no trecho original do caminho colonial, notamos que os voluntários do Parnit, chefiados pelo Alex, trabalharam bastante para tornar mais transitável a trilha que atravessa a vegetação que tomou conta da estrada há décadas. Situação bem diferente em relação ao ano passado, quando tivemos que reabrir no facão, eu e aquele chefe, várias seções tomadas pelo mato.

Por isso, chegamos em tempo recorde à Ponte de Pedra: às 9h45. A mesma também estava mais exposta, livre de vegetação, embora ainda precisasse de mais trabalho na retirada de troncos e ramagens secas de sua face a jusante, a mais bela.

Ficamos um pouco abaixo da ponte, dentro do leito do riacho seco que a atravessa, seja contemplando aquela espetacular obra de engenharia colonial, seja lanchando e aproveitando a sombra da mata e da brisa fresca que vinha de sudoeste.

Começamos o retorno por volta das 10h30, levando menos de uma hora até os carros, que ficaram estacionados ao lado da sede da Guarda Municipal. Justamente a hora em que o sol e o calor começavam a ficar mais intensos, assim como a aumentar o movimento de visitantes.

Até a próxima trilha!

Abraços,

Cássio Garcez
Coordenador

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