TRAVESSIA ARARAS-SECRETÁRIO - 08/06/2019




Iniciamos a caminhada por volta das 8h, em Araras. O dia estava meio encoberto e bem fresco, o que ajudaria numa caminhada tão aberta como esta.

Levamos aproximadamente uma hora até chegar ao passo, que é a virada da vertente entre Araras e Secretário. Como o mato estava um pouco mais fechado do que da última vez em que estivemos ali, há dois anos, e a vegetação bem molhada por causa do sereno, ficamos meio encharcados da cintura para baixo. Por sorte secaríamos logo, devido ao sol que pegaríamos pleno mais adiante.

Do outro lado da vertente, a trilha do Vale da Rocinha estava ainda mais fechada em função dos pendões de capim-gordura. Embora isso atrapalhasse um pouco o nosso avanço, a beleza dessas formações de cores entre o rosa e o vinho, era espetacular.

Em determinada curva do caminho, demos de cara com a Maria Comprida, o maior monolito rochoso de Petrópolis, com seus imponentes 1.926 metros de altitude e de lendas locais, entre elas as de mulas-sem-cabeça e sacis. Tiramos muitas fotos desse colosso de pedra.

Outra dificuldade que enfrentávamos, além do capim-gordura alto, eram as canaletas provocadas pelas motos fora de estrada, que vão avolumando a erosão a cada ano. Por sorte, não encontramos nenhum desses praticantes pelo caminho, talvez em função do mato fechado mesmo.

Chegamos à estrada da Rocinha por volta das 11h, iniciando aí o trecho mais aberto, relaxante e tranquilo da caminhada. Isso porque era só descida suave, com muito pouco movimento e com belos atrativos.

Entre estes, estavam vistas de grandes pedras, como a Roxa, de riachos de águas cristalinas, de aléias de bambus e até de casas cinematográficas.

Na Cachoeira da Rocinha, a vedete do roteiro, fizemos a parada obrigatória para curtição do belíssimo cenário, além de descansar, tirar fotos e lanchar. Eram 12h30 quando chegamos e 13h40 quando saímos. E isso porque o guia insistiu muito para que os participantes se levantassem de seus leitos de pedra... Ainda mais depois de um exercício do silêncio altamente relaxante! Mas conseguimos, ufa!

No trecho adiante, as nuvens foram se dissipando e deixando mais espaço para o céu de azul profundo. O contraste entre os morros e a vegetação mais viçosa devido às chuvas dos dias anteriores, nos rendeu lindas paisagens e ótimas fotos.

Por causa dessas mesmas chuvas, não comemos tanta poeira neste trecho onde há mais trânsito de carros, por causa da terra mais batida e úmida.

Chegamos a Secretário exatamente no horário que eu havia previsto: às 15h. Tempo de sobra para almoçarmos e relaxarmos no Le Coq Bistrô (21 99732-5152), charmoso restaurante do Dann, empresário que está buscando aquecer o turismo naquelas bandas. E de também dar uma volta no centrinho urbano, para conhecer as lojinhas e aquecer mais um pouco a economia local.

Satisfeitos de corpo e alma, embarcamos todos no carro do José Henrique (24 99309-2557 / 99207-8275), simpático morador de Secretário que trabalha com transporte, em direção a Araras. Lá resgatamos o Andarilho (a minivan do Ecoando), já no finalzinho da tarde, com o frio voltando a ficar mais presente.
Ainda paramos no centrinho de Araras para visitar a Igreja de Nossa Senhora de Lourdes, ir ao banheiro e dar uma passeada pelo comércio literalmente bem aquecido do lugar - isso em função das várias e interessantes lareiras a céu aberto.

Pegamos estradas bem fluídas de volta a Niterói, chegando sãos e salvos em nossas casas e antes das 21h.

Neste passeio, além das belas paisagens, vivenciamos como se deve a história dos lugares visitados e do Atalho do Proença, trecho do Caminho Novo da Estrada Real onde o trajeto da travessia se situa. Isso porque, e como sempre, o guia repassou aos participantes, em doses homeopáticas e ao longo de todo o percurso, informações levantadas em pesquisas.


Abraços,

Cássio Garcez
Coordenador

Comentários

Postagens mais visitadas