TRAVESSIA VARGEM GRANDE-VARGEM PEQUENA - 15/06/2019




Começamos a caminhada a partir de um conjunto de casas da Estrada do Sacarrão, lá no interior de Vargem Grande e pouco depois das 8h. Subimos até encontrar o início da trilha, onde chegamos após quase duas horas de subidas íngremes. E que ainda não haviam acabado...

No Córrego do Sacarrão, paramos para apreciar algumas de suas belas piscinas naturais, onde ninguém quis tomar banho devido às temperaturas bem amenas.

Chegando ao chuchuzal que existe um pouco antes do passo (a virada entre as vertentes da Vargem Grande e do Camorim), o qual costuma confundir quem não conhece direito aquele caminho, quebrei o protocolo de não permitir a retirada de nenhum componente dos locais e incentivei os participantes a colherem aqueles frutos que estivessem maduros.

O motivo dessa exceção à regra é que, assim, estaríamos ajudando a fazer o controle de tal trepadeira, que é uma espécie invasora e que precisaria ser erradicada deste local, pelo fato dela competir com espécies nativas do Parque Estadual da Pedra Branca, unidade de conservação de proteção integral onde estávamos. Daí, teve gente fazendo a festa - ou melhor, a feira!

Alcançamos o passo por volta das 11 horas, depois do trecho mais íngreme do roteiro. Agora seria só descida e a maior parte do tempo bem suave, pelo menos até a entrada da trilha para Vargem Pequena, alguns quilômetros depois do Açude do Camorim - este certamente o maior atrativo da caminhada. Mas antes, lancharíamos aos pés das Figueiras-irmãs, uma árvore colossal que se divide em duas.

Antes do meio dia, chegávamos ao Açude do Camorim, que estava plácido e deserto. Paramos em vários de seus recantos, para contemplar aquela visão inacreditável de um lago há mais de 400 metros de altitude, com quase 1/4 do tamanho da Lagoa Rodrigo de Freitas e totalmente cercado de exuberante Mata Atlântica. Em um desses refúgios às margens do espelho d'água, fizemos um exercício do silêncio delicioso.

Somente quando íamos saindo, é que passou por nós um caminhante solitário. Na descida, que começamos pouco depois das 13h, também foram passando por nós outros caminhantes, mas poucos.

Ao chegarmos à entrada da Cachoeira do Camorim, que fica a algumas dezenas de metros abaixo da trilha principal, nem todos quiseram descer, certamente devido às altas inclinações e ao desnível. Mas quem se arriscou não se arrependeu.

Entramos na trilha de Vargem Grande, marcada por uma placa bem conservada do antigo IEF (hoje Inea), às 14h40. Agora desceríamos em apenas meia hora até a Estrada da Boca do Mato, que estava bem movimentada com as várias festas acontecendo simultaneamente na região. A configuração de anfiteatro natural da serra, amplificava e misturava todas aquelas músicas que estavam sendo tocadas a todo volume. No entanto, estávamos tão "zen" que isso sequer nos incomodou.

Continuamos pela estrada, que gradativamente ia ficando mais urbana à medida em que nos aproximávamos da Estrada dos Bandeirantes, onde chegamos em torno das 16h. Como os carros dos participantes ficaram estacionados ali, o resgate do Andarilho (a minivan do Ecoando) foi bem fácil, devido a uma gentil carona de um daqueles até o ponto inicial da caminhada, onde nosso transporte havia ficado estacionado.

Pelo fato de a maioria dos participantes terem algum compromisso, apenas eu e mais dois participantes fizemos a esticada até a Igreja de Nossa Senhora de Montserrat, depois de resgatado o Andarilho. E também apenas nós tivemos a chance de experimentar comes e bebes do restaurante Grillo, um dos destaques do pólo gastronômico de Vargem Pequena. Uma gostosura que lamentamos mais gente não poder aproveitar.

Assim, depois de tantas que fizemos, voltamos para casa somente à noite. E satisfeitos com dia tão bem aproveitado e com a quantidade e qualidade das informações sobre os locais visitados compartilhadas com os participantes.


Abraços,

Cássio Garcez
Coordenador

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