CIRCUITO CASCATAS DO RONCADOR - 15/12/2019
Foto 1: a Cachoeira da Meia-hora, a melhor para banhos. |
Iniciamos
este repeteco na programação do Ecoando (pois já havíamos feito essa mesma
atividade no início do ano, no dia 9/2), por volta das 8h. O dia estava
ensolarado e límpido, muito em função das chuvas que vinham caindo de forma
consistente até a antevéspera do passeio. E também com uma brisa fresca
deliciosa.
Ao invés de
fazermos o percurso usual, resolvi inovar e subir com o grupo pela estrada que
leva às rampas de parapente de Sampaio Correa, entrando assim na trilha da
Cachoeira da Meia-hora com mais antecedência do que se fosse naquele. Minha
intenção era evitar uma eventual muvuca neste que é o melhor poço para banho na
área. Mas muvuca foi o que não encontramos mesmo durante toda a atividade.
Foto 2: a figueira-braba que evoca admiração e poesia. |
Entramos às
8h30 na trilha que tem início em determinado ponto dessa estrada e que é
totalmente sombreada pela mata. Depois de alguns minutos caminhando nela, paramos
na bela e gigantesca figueira-braba (foto 2), tanto para contemplá-la e tirar fotos, como
para este guia declamar poesia de sua autoria em homenagem às árvores. A mesma
vai a seguir:
Salvem as
Árvores
Bendita
árvore da vida,
seja de
mato, de fruta, de flor.
Passarinho
em teus galhos tem guarida,
sob tua
sombra fugimos do calor.
Você nos
protege do vento e do sol,
na terra
faz a água ir fundo.
Segura
encosta e alimenta lençol,
quanto bem
faz ao mundo.
Dá pitanga,
dá ingá, dá cajá,
dá fruta
pra tudo quanto é gosto.
Também flor
como do ipê e do manacá.
Refresca a
brisa no teu rosto.
Obrigado
árvore bendita,
pelo verde
da paisagem.
Tem gente
que não acredita
no poder da
tua folhagem.
Perdão para
quem não te respeita,
aqueles que
te ferem e te cortam.
Lamentável
compreensão estreita,
consequências
de que não se importam.
Salvem as
árvores por favor!
Exaltem seu
imenso valor!
Parem o
machado, a motosserra, o trator.
Tratem
delas com mais amor.
Continuando
pelo belo e quase totalmente plano caminho, chegamos ao reservatório da Águas
de Juturnaíba, que abastece Sampaio Correa. Ao contrário de todas as outras vezes
em que estivemos ali, o mesmo estava repleto e com água saindo pelo ladrão. Sinal
de que as chuvas estavam alimentando bem os mananciais. E promessa de banhos
bem tomados nas cachoeiras que iríamos visitar daí a instantes.
Continuamos
a subida, agora pelo caminho mais largo que segue o rio. Chegamos à Cachoeira
da Meia-hora (foto 1) por volta das 9h30, não nos demorando para entrar na água.
Para
facilitar a aproximação das participantes à queda d'água, cujo poço não dá pé,
fixei uma fita de escalada numa raiz próxima à cascata (foto 3), de modo que as
participantes pudessem se segurar e assim ficar embaixo do vertedouro. O que
era bom, desta forma ficou melhor ainda!
Foto 3: o banho na Cachoeira da Meia-hora auxiliado por fita de escalada. |
Ficamos
algo em torno de uma hora neste recanto, sem ter aparecido mais ninguém. Depois
do lanche, partimos para o próximo, uma piscina natural a montante, onde
existem muitos pitus, e que é alimentada por cascata que desce uma rampa
natural de rocha em 45 graus, repleta de incrustações de quartzo.
Numa outra
pedra, que forma a piscina natural e que força o rio a fazer uma curva de 180
graus, ficamos um bom tempo relaxando e curtindo a paz e a beleza daquele
lugar. Pretendíamos fazer o exercício do silêncio ali, mas um fato nos fez
mudar de ideia e sair correndo do local, como explicarei a seguir.
Sem qualquer
aviso, um enorme galho se desprendeu da carrapeteira (árvore nativa de Mata
Atlântica) que ficava sobre a tal pedra onde estávamos, ocasionando um grande
ruído e atingindo de raspão uma das participantes. Foi um tremendo susto. E uma
grande sorte ninguém ter se machucado (foto 4)!
Foto 4: o relaxamento na segunda parada, segundos antes da queda do galho que nos deu um susto gigantesco. |
Às 12h20,
chegávamos à Cachoeira Véu de Noiva (foto 5), só aí encontrando com outro grupo, na
trilha, em seu retorno, além de duas moças, que já estavam de saída. Ou seja, a
hora certinha para mais uma vez termos exclusividade, na terceira e última
cascata do conjunto - que estava mais volumosa e mais bonita, como eu jamais
havia visto.
Foto 5: banho na Cachoeira Véu de Noiva, a terceira e última do conjunto. |
O cenário
era de filme, pois o verde mais vicejante das matas contrastava com o azul
cobalto do céu. Também os raios de sol iluminavam completamente a queda d'água
e sua piscina principal, convidando ao banho. Esta, embora pequena e rasa, fez
um enorme sucesso entre as participantes, que ficaram de molho nela por um bom
tempo.
Satisfeitos
com a lavação, partimos de volta ao Andarilho (a minivan do Ecoando) às 13h30,
terminando a atividade meia hora depois.
Voltamos
para casa renovados, pegando uma estrada fluída, mesmo sendo volta de final de
semana da Região dos Lagos.
Veja mais
fotos desse e de outros passeios do Ecoando, em: https://www.ecoando.eco.br/galeria-de-fotos/.
Até a
próxima trilha!
Abraços,
Cássio
Garcez
Coordenador
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